Depois daquelas enormes quantidades de chuvas, com enchentes, desabamentos e tudo o mais, estamos enfrentando um calor , jamais sentido, pelo menos que eu me lembre.E foi então que resolvi postar também mais uma poesia, desta vez, sobre calor e mormaço.Afinal de contas, estamos em pleno verão!
Mormaço
Calor. E as ventarolas das palmeiras
E os leques das bananeiras
Abanam devagar
Inutilmente na luz perpendicular.
Todas as coisas são mais reais, são mais humanas:
Não há borboletas azuis nem rolas líricas.
Apenas as taturanas
Escorrem quase líquidas
Na relva que estala como o esmalte.
E longe uma última romântica
- uma araponga metálica - bate
o bico de bronze na atmosfera timpânica
E os leques das bananeiras
Abanam devagar
Inutilmente na luz perpendicular.
Todas as coisas são mais reais, são mais humanas:
Não há borboletas azuis nem rolas líricas.
Apenas as taturanas
Escorrem quase líquidas
Na relva que estala como o esmalte.
E longe uma última romântica
- uma araponga metálica - bate
o bico de bronze na atmosfera timpânica
Guilherme de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário